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Acessibilidade Comunicacional: Janela de Libras

Data de publicação: 30 de junho de 2017. Categoria: Campanhas – Boas Práticas em Acessibilidade, Você Sabia?

 Exemplo de janela de Libras

Língua de Sinais

A língua de sinais é a língua natural dos surdos, no caso dos surdos brasileiros, é a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Em uma perspectiva de inclusão, a Libras deve ser ofertada como principal meio de comunicação, nos âmbitos da educação, da saúde, da segurança e/ou do lazer. Considerando que a visão é o principal canal perceptivo do surdo e a língua de sinais é sua língua natural, seu uso nos veículos de comunicação se constitui como um meio eficaz de promoção da inclusão social dos surdos.

É a partir do convívio com outras pessoas, tanto surdos quanto ouvintes, que os surdos podem perceber as diferenças entre o português e a Libras e compreender o valor e a função de cada um. Como consequência dessa interação, eles passam a se identificar como usuários efetivos da língua de sinais e a se integrarem política e socialmente com a comunidade surda.

 

O que a legislação brasileira diz sobre a Língua Brasileira de Sinais?

A Libras foi reconhecida em 2002 e mais tarde regulamentada pelo Decreto nº 5.626/05, que trata sobre seu uso e difusão nas instituições públicas e privadas, da formação de professores e intérpretes de Libras, mas não faz menção ao lazer, cultura e informação. Essas questões são consideradas na Lei nº 13.146, Lei Brasileira de Inclusão, de 2015.

A janela de Libras é definida pela NBR 15.290 como um “espaço delimitado no vídeo onde as informações veiculadas na língua portuguesa são interpretadas para LIBRAS.”. Assim, em vez de serem transcritas, as informações presentes no canal de áudio são traduzidas e passadas, em Libras, aos telespectadores por um intérprete. A inserção do recurso é obrigatória somente no horário político e em campanhas institucionais do governo e de utilidade pública.

Segundo a mesma norma, a altura da janela de Libras deve ser, no mínimo, metade da altura da tela do televisor e sua largura, ocupar no mínimo a quarta parte da largura da tela, já que para se compreender a sinalização é necessária a visualização dos gestos das mãos e da expressão facial.

 

Como é feita a interpretação?

No caso do conteúdo gravado, antes de começar a gravação do conteúdo em Libras, os intérpretes precisam assistir ao vídeo, conhecer o material e compreender bem todas as informações para que haja a interpretação. Depois desse reconhecimento inicial, passam para a tradução e dão início à gravação. Para isso, o estúdio onde será gravada a imagem do intérprete precisa ter espaço suficiente para que ele não fique colado ao fundo, evitando desta forma o aparecimento de sombras; precisa de iluminação suficiente e adequada para que a câmera de vídeo possa captar, com qualidade, o intérprete e o fundo; uma câmera de vídeo apoiada ou fixada sobre tripé fixo; e marcação no solo para delimitar o espaço de movimentação do intérprete. É necessário ainda que haja contraste entre a roupa do interprete e o plano de fundo. Além disso, a janela não deve sobrepor qualquer outra imagem no vídeo.

Em interpretações simultâneas o processo é diferente. Como a tradução acontece imediatamente, podem-se ter perdas conforme a tradução é feita, mas o profissional pode corrigi-las em seguida. O intérprete precisa conhecer não apenas a Libras, mas também os aspectos culturais que a permeiam.

Entre os três recursos específicos para pessoas com deficiência (audiodescrição, closed caption e janela de Libras), esse é o menos utilizado e discutido, pois há a legenda oculta, que é um recurso que também atende aos surdos. No entanto, apesar de também ser direcionada à população surda, a janela de Libras difere do closed caption por ter como público-alvo de surdos que se comunicam apenas pela língua de sinais.

 

Foto: Programa Nós Todos

Fonte: Lei N° 13.146; Decreto N° 5.626; Lei N° 10.436.

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